Eu sou o Jordan. Conheci a Comunidade Compassiva através de uma colega, a Aninha. E foi ela que mandou pra mim o primeiro vídeo, de um paciente, que nós chamamos de afilhado, que tinha um câncer no pescoço. Aquilo mexeu muito comigo, porque eu tinha acabado de perder meu irmão com um câncer do mesmo tipo.
No início, houve aquela relutância. Mas aí, com o tempo, comecei a pensar “O que eu não pude fazer pelo meu irmão, eu vou tentar fazer por essas pessoas. Essa é a minha chance de ajudar os doentes e fazer com que eu cresça.”
Porque, a doença do meu irmão foi complicada, tive até que entrar na Justiça pra ele ter um bom tratamento. Se, nesse momento, eu tenho alguma coisa que eu posso contribuir para fortalecer essas pessoas, foi graças a essa experiência.
Eu abracei essa oportunidade e estou na Comunidade Compassiva até hoje e, se Deus quiser, daqui não saio.
Eu sou um dos dois voluntários homens na Rocinha. O outro é o senhor Maurício. Eu e ele estamos no meio da mulherada e elas me chamam de “bendito o fruto”!
Mas falando seriamente, temos homens que ajudam também o projeto. Não é só mulher. Somos dois na Rocinha e um no Vidigal. Somos poucos mas estamos presentes e é bom saber que ajudamos as voluntárias, seja com a parte física, ajudando a organizar uma festinha ou o que for preciso.
